2007/11/07

Aos 33

Aos 27 anos senti que estava perante uma encruzilhada. Naquela altura tive que escolher se queria ser homem ou se queria continuar a ser o Peter Pan. Escolhi ser homem. Agora que tenho 33, idade em que Cristo foi morto, sinto que, espiritualmente, é o momento certo para dar um salto, depois de ter estado no deserto. Não estou a dizer que sou Jesus... Este é o ano ideal para pregar o evangelho e deixar a minha marca.
(Rufus Wainwright, em conversa telefónica com Maria José Oliveira, Público, Suplemento Ípsilon, 2007/11/02)


Beautiful Child - eis como me sinto hoje.

O Coliseu dos Recreios tem-me dado boas prendas (antecipadas). Há um ano, a prenda não poderia ter sido melhor. Ontem também foi muito bom. Release the Stars não é o meu álbum preferido do Rufus Wainwright, mas ele é um grande cantor e autor. Nunca o tinha visto em Portugal. Até tive direito a "parabéns a você" interpretados por ele e pela banda - eram para o baterista, mas tomei como se fossem para mim.

4 comentários:

JV disse...

Filipe,

Permite-me que te diga que os teus gostos musicais são muito provincianos.

Fiambrelete disse...

Então parabéns.

Unknown disse...

Parabéns!!!

JV disse...

Os teus gostos musicais são provincianos porque se restringem a musica feita à base de réplicas de fórmulas já estafadas, não ousa sequer alcançar uma diversificação estética e jamais um idioma de silhueta contemporânea. Musica sem perspectiva, incapaz de aguçar a lamina que corte os fios do lugar-comum, presa a tradições situacionistas, portanto. Pelo contrário, a musica que não é provinciana é aquela que desafia os padrões estéticos, despreza as fronteiras tipológicas e não teme pisar novos territórios.

Não vou partilhar a musica que gosto porque, acaso te interessasse ir descobri-la, acabarias por a diminuir e desvalorizar. Primeiro poque a tua predisposição já vai nesse sentido, e depois porque é musica que requer algum esforço a ouvintes menos familiarizados. Mas é um esforço que compensa.